Seja um membro da nossa bateria...
Dizem os especialistas que a bateria é o coração da escola de samba. Através dela a cadência e o ritmo do samba são marcados, para contagiar os passistas, foliões e integrantes, a fim de que façam uma linda apresentação.Quando entram na avenida: a pulsação dos aparelhos de percussão, do surdo de primeira – responsável pela marcação principal; do surdo de segunda e do surdo de terceira; tamborim, prato, repique, chocalho, caixa de guerra, cuíca, agogô, reco-reco, pandeiro e triângulo, emocionam a todos que assistem ao espetáculo, levando animação, fazendo com que ninguém consiga ficar parado.
Durante o desfile, a bateria deve se mostrar afinada, puxando e animando os integrantes da escola, fazendo com que o grupo apresente boa evolução, seguindo seu ritmo, que deve ser intenso.A marcação do ritmo da bateria é comandada por um instrumentista.Segundo o manual do julgador, nos critérios de julgamento do quesito bateria, são considerados: “a manutenção regular e a sustentação da cadência da bateria em consonância com o samba enredo; a perfeita conjugação dos sons emitidos pelos vários instrumentos; a criatividade e a versatilidade da bateria” atribuem que sejam concedidas notas de sete a dez.Porém, segundo o mesmo manual, alguns aspectos não são considerados, a fim de não prejudicar a desenvoltura da musicalidade, como: “a quantidade de componentes de cada Bateria, no que se refere ao limite mínimo de integrantes fixado pelo regulamento; a utilização de instrumentos de sopro ou qualquer outro artifício que emita sons similares; o fato de qualquer bateria não parar defronte às Cabines de Julgamento.
Com isso, percebe-se que o eixo central da avaliação é mesmo a cadência de som e ritmo exposto pelo grupo, além da harmonia entre cantoria e batuques.Para inovar a arte de comandar uma bateria de escola de samba, diretores de bateria criaram a famosa “paradinha”, em determinado momento da apresentação. Esse efeito foi considerado belíssimo pelos críticos e jurados, dando mais emoção na hora da bateria retornar, que, se não for precisa, pode atravessar o samba enredo, causando erros para a escola e, consequentemente, perda de pontuação.
Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia - Equipe Brasil Escola
Mestre GÃO
Mestre de bateria da Unidos do Mocoquinha



ESCOLINHA DE BATERIA DA UNIDOS DA MOCOQUINHA...
Atenção, galera que quer aprender a tocar bateria com a MOCOQUINHA! Venha fazer parte você também da Bateria Sensação que enlouquece a avenida. Venha aprender tocar bateria com a MOCOQUINHA! Começa dia 05.07 as aulas para novos ritmistas. As aulas serão na sede da Mocoquinha a partir das 14 horas. Os interessados deverão procurar pelo mestre de bateria ou por um dos diretores de bateria.
Cadastre-se abaixo e lhe responderemos.
DESDE 2006

G.R.E.S
UNIDOS
DA
MOCOQUINHA
Escola do meu coração!
BATERIA...
Os instrumentos da bateria nas escolas de samba:
TEXTO: Guilherme Bartz
Fevereiro ou março é época de Carnaval. É quando se pode ver na televisão o espetáculo grandioso no sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, cidade símbolo do samba. Os cariocas se mobilizam para, a cada ano, mostrar ao mundo um Carnaval mais impressionante que o anterior. As grandes escolas de samba ensaiam exaustivamente cada minúcia do espetáculo de maneira que, na hora final, tudo saia conforme o esperado.
Um dos setores mais importantes das escolas de samba que precisa de muito ensaio para funcionar é a bateria, o conjunto de percussão que é o verdadeiro coração da escola. A bateria de uma escola de samba funciona como uma orquestra sinfônica, com maestro e tudo. Cada instrumento tem a sua função no todo. Mas você sabe dizer quais são os instrumentos que compõem esta orquestra de mais de trezentos músicos?
A primeira categoria é a dos surdos, que se dividem em surdo de primeira, surdo de segunda e surdo de terceira. Os surdos são tambores grandes de sons graves que possuem a função de marcar o tempo no samba. Em geral, existem de 25 a 35 surdos numa bateria de escola de samba. O que os diferencia em três categorias é o tamanho, fator que define se o surdo é mais grave ou mais agudo.
O surdo de primeira, com um aro de cerca de 75 cm de diâmetro, é o mais grave dos três. É tocado no tempo fraco da marcação rítmica – no tempo dois. O surdo de segunda, um pouco mais agudo, possui um aro com cerca de 55 cm de diâmetro e é tocado no tempo forte do ritmo – no tempo um. O fato de o som mais grave ser tocado no segundo tempo, e não no primeiro, é uma característica típica do samba. O surdo de terceira, por sua vez, com 40 cm de diâmetro, é o mais agudo dos três. Ele executa um ritmo mais complexo, realizando síncopes que preenchem a marcação regular dos outros dois surdos.A caixa de guerra, outro instrumento importantíssimo da bateria na escola de samba, é uma espécie de tambor com uma membrana superior e outra inferior, fixadas e tensionadas em aros metálicos.

A caixa de guerra marca o andamento do samba e realiza também diferentes floreios rítmicos. Ela pode ser tocada com uma ou duas baquetas.
O repique, também conhecido como repinique, é um tambor pequeno com membranas em ambos os lados, tocado com uma baqueta e uma mão livre. É bastante utilizado nas paradinhas e nas viradas do samba, como sinal para o retorno dos outros instrumentos.
O chocalho, por sua vez, é um instrumento diferente dos chocalhos que geralmente recebem este nome – aqueles recipientes ocos com pequenos objetos em seu interior. O chocalho da escola de samba é feito com chapinhas (chamadas também de soalhas) que são perfuradas por fileiras de hastes. Agitadas, essas soalhas produzem o som.
O tamborim, outro instrumento típico da escola de samba, constitui-se de uma membrana esticada sobre uma armação, sem caixa de ressonância. Possui 15 cm de diâmetro e 5 cm de altura. Para tocá-lo, é preciso segurá-lo com uma mão e percuti-lo com uma baqueta. É um dos instrumentos mais importantes da escola de samba, pois seu som ajuda a definir o “desenho” do samba.
A cuíca é um instrumento semelhante a um tambor, mas com uma haste de madeira presa internamente no centro da membrana de couro. Seu som é obtido com a fricção desta haste com um pedaço de tecido molhado e com a pressão do dedo na parte externa do instrumento. Os sons da cuíca são muito característicos e se assemelham a roncos, grunhidos e guinchos. A extensão total da cuíca pode chegar a duas oitavas, mas a obtenção dessas notas sempre depende da habilidade do instrumentista.
O agogô é formado por duas, três ou quatro campânulas de ferro de tamanhos diferentes, conectadas entre si. Seu som é obtido através da percussão de uma baqueta nas bocas de ferro das campânulas.
O reco-reco constitui-se de uma caixa de metal com duas ou três molas de aço esticadas sobre o tampo. Sobre elas é friccionada uma baqueta de metal, como num processo de raspagem.
O pandeiro, outro instrumento símbolo do samba, pode ser descrito como uma membrana esticada sobre um aro. Para tocá-lo, é preciso segurá-lo com uma mão e percuti-lo com os dedos ou a palma da outra mão. Fixadas ao redor do aro podem existir soalhas duplas de metal, elemento que incrementa o som do instrumento. Muitas escolas de samba não utilizam mais o pandeiro em sua formação, pois seu som não é suficientemente audível no conjunto dos instrumentos. Quando ele aparece, é com um sentido mais alegórico: os pandeiristas realizam acrobacias com este instrumento.
Por fim, o último instrumento é o prato, que pode ser descrito como um par de pratos de metal que são percutidos um contra o outro. Hoje em dia, o prato, apesar de ter um som bastante forte, também só é utilizado de maneira alegórica nas escolas de samba, pois é um instrumento que também permite diversos malabarismos.
Pode-se dizer que os surdos, em seus três tipos, representam os sons graves da bateria da escola de samba. A caixa de guerra e o repique são responsáveis pelos sons médios. Por sua vez, o chocalho, o tamborim, a cuíca, o agogô, o reco-reco, o pandeiro e o prato representam os sons agudos.Os instrumentos presentes na bateria das escolas de samba
